Joël Pommerat (n.1963) é um dos mais singulares criadores do teatro francês contemporâneo. Começou por ser ator aos 19 anos, mas desistiu quatro anos depois para se dedicar exclusivamente à escrita e à encenação. Funda em 1990 a Compagnie Louis Brouillard e cria os seus primeiros espectáculos no Théâtre de la Main d’Or em Paris – Le chemin de Dakar, Le théâtre, Vingt cinq années, Des suées, Les événements. A intensa atividade criativa desenvolvida por Joël Pommerat e pela sua companhia depressa atrae a atenção do público e da crítica franceses, e algumas das mais importantes instituições teatrais apoiam as suas criações, como a Comédie de Caen, o Centro Dramático de Orleães, o Centro Dramático de Tours, o Teatro Nacional de Estrasburgo. Durante três anos (2007/2010), e a convite de Peter Brook, a sua companhia faz uma residência no Théâtre dês Bouffes du Nord. Aliás, essa experiência e o contato com Peter Brook estão na origem desta sua criação, como o próprio reconhece: “Foram essenciais as conversas com Peter Brook, que há dois anos nos convidou para trabalhar no Théâtre des Bouffes du Nord. Conversas sobre a nossa maneira de encarar a relação entre os espectadores e a cena. Até aí, nos meus espetáculos, não tinha nunca considerado essa relação senão como frontal. No trabalho de Peter Brook a multiplicidade dos olhares é essencial.” Entre 2005 e 2008, Joël Pommerat foi artista residente do Espace Malraux-Scène Nationale de Chambéry et de la Savoie. Em 2006, foi artista convidado do Festival d’Avignon e aí apresentou Le petit chaperon rouge, Cet enfant, Au monde e Les marchands – este último texto ganhou o Grande Prémio de Literatura Dramática. Da residência no Théâtre des Bouffes du Nord nasceram duas criações: Je tremble (1) e Cercles/Fictions. Regressou em 2008 a Avignon para encenar Je tremble (1 e 2) e, no mesmo ano, no Odéon/Théâtre de l’Europe, cria Pinocchio. As obras de Joël Pommerat estão traduzidas em inglês, alemão, coreano, sueco, croata, espanhol, grego, italiano, romeno e russo.

Joël Pommerat